Vamos conhecer os comportamentos do profissional de SST ?
Vamos começar …
Uma das primeiras coisas que você precisa fazer é entender em regras gerais como empresa funciona.
Como assim ?
Verifique se existe uma política de segurança do trabalho ou outras mais abrangentes como a de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) ou de SGI (Sistema de Gestão Integrada).
Procure entender em linhas gerais os valores da empresa e como ela lida com os funcionários e clientes.
Agora você precisa se identificar em pelo menos 1 dos 3 cenários abaixo.
Neste caso você terá outros colegas de profissão e uma supervisão no setor.
Você precisa conversar com seu chefe direto para entender como funcionará a divisão de tarefas e quais serão suas responsabilidades dentro da equipe.
Esta opção é boa para o recém-formado quando os outros profissionais da equipe são experientes, comprometidos com o trabalho e dispostos a partilhar seus conhecimentos.
Neste caso sua chefia vai estar vinculada a outro setor da empresa, normalmente RH ou diretamente a diretoria da empresa.
Você receberá as orientações de um funcionário que não é da área e que recebeu as informações e orientações de um profissional de SST que já saiu da empresa.
Dica: não cabe a você avaliar o trabalho ou desempenho do colega que não pertence mais ao quadro de funcionários.
Sua meta é levantar a maior quantidade de informações possível para fazer seu diagnóstico e traçar seu plano de trabalho.
Neste caso sua chefia pode ser semelhante ao item anterior.
Mas, nesse caso, não há histórico a ser passado.
É provável que você terá que desenvolver tudo do zero e sua supervisão direta vai lhe prestar apenas as boas vindas.
E aí, em qual cenário você está ?
1, 2 ou 3 ?
Independente da situação que você estiver, presta atenção em um detalhe: possuir SESMT não garante a implantação de segurança e saúde.
É preciso que o SESMT tenha liberdade de atuação.
Para isso a liderança da empresa precisa “vestir a camisa” da prevenção e colaborar em todos os aspectos com a segurança e saúde dos trabalhadores.
Sendo assim sugiro que identifique as verdadeiras intenções da empresa com a sua contratação.
Será que a intenção da empresa com a sua contratação é ter um profissional atuante, compromissado e que gere resultados significativos na gestão de segurança e saúde do trabalhador ?
Ou, ao contrário, a sua posição é apenas uma imposição legal e a empresa apenas quer cumprir o que determina a lei trabalhista.
Independente de qual é o seu caso, é muito mais fácil trabalhar em empresas que valorizam a segurança do trabalho.
Mas o mais importante é o que vou dizer a seguir…
Tome note: o envolvimento maior ou menor da empresa com a sua área não aumenta, nem diminui, suas responsabilidades.
Muito bem…
Agora você já sabe em que cenário de SESMT está, bem como já sabe as reais intenções da empresa com a sua contratação.
Vamos agora detalhar os 10 comportamentos do profissional de SST que você deve demonstrar para realizar um trabalho de excelência.
No caso do último cenário, se você por acaso teve a oportunidade de passar por um estágio, precisa “cair à ficha” que deverá resolver tudo por conta própria.
Precisa fazer suas atividades de forma independente, definir uma rotina de atividades, sendo estas diárias, semanais, mensais, semestrais e anuais, definido prioridades, metas, objetivos e prazos a serem cumpridos.
O fato de você ser o “novato”, não desqualifica sua competência técnica.
Sua opinião deve ser levada em consideração.
Lembre-se que para ser contrato suas habilidades e qualificações já foram avaliadas e aprovadas por um profissional da empresa.
Sendo assim sugira novos métodos e/ou processos, identifique problemas, soluções e jamais tenha receio de compartilhar suas ideias em reuniões.
O primeiro dia é o dia para tirar suas dúvidas.
Anote tudo que achar necessário, e preste atenção, a tudo que te disserem.
Se não entender, questione até ter certeza que não restam mais dúvidas.
Caso se enquadre no primeiro cenário, converse diariamente e troque informações e experiências com seus colegas de setor.
Fazendo parte dos outros dois cenários tenha contato com outros profissionais da área.
Além disso, participe de fóruns, sites, blogs, feiras e eventos que sejam sobre SST.
É fundamental estar atualizado e vigilante as mudanças de legislação e ter uma boa rede de relacionamentos (contatos) ao longo de toda a sua carreira.
Esse é um dos comportamentos do profissional de SST que boa parte esquece de praticar.
Com o tempo é importante que esteja sempre bem embasado, pois poderão surgir perguntas que necessitam de respostas imediatas.
Busque sempre um feedback. Mas esteja “aberto” a um comentário positivo ou negativo.
Use e-mail como ferramenta de trabalho e não apoie suas ações e suas atividades, acreditando que um correio eletrônico trará a solução do problema.
Corra atrás, negocie pessoalmente, argumente, participe ativamente da solução, demonstre que seu interesse é resolver o problema e não passá-lo adiante.
É fundamental que as respostas sejam em tempo hábil de acordo com a prioridade e necessidade, sempre com atenção a gramática e ortografia.
Caso suas atividades requisitem pouco tempo no escritório deixe claro a todos que em caso de urgência é necessário o contato telefônico, sugiro até deixar uma mensagem programada com esta informação.
Não aponte erros e sim oportunidades de melhoria, elogie em público, mas se precisar chamar a atenção de um trabalhador faça isso no reservado.
Utilize o bom senso e delete a arrogância do seu vocabulário, ninguém gosta de ser criticado o tempo todo.
Cuidado na colocação das palavras e deixe claro que você precisa fazer o seu trabalho.
De preferência por usar a primeira pessoa do plural, se inserindo sempre como problema e solução, por exemplo:
“O que nós podemos fazer para que isso não ocorra novamente?”
“Como nós podemos adequar esta situação inadequada?”
Você é um profissional técnico. Você não acha, não chuta e nem supõe. Você avalia, embasa e sugere mediante uma legislação aplicável ou boa prática;
Guarde cópia de todos os relatórios, e-mails e atas de reunião que possam ser necessários em situações de acidente de trabalho ou causas trabalhistas;
Não há como mudar o mundo de uma só vez.
Se traçarmos uma paralelo histórico da evolução da segurança do trabalho em nosso país podemos identificar uma evolução lenta e gradual.
Por que na empresa que trabalhamos há de ser diferente ?
Seja paciente, persistente, perseverante e positivo.
Ok, você já entendeu os comportamentos!
Ora de dar os primeiros passos, principalmente se você estiver nos cenários 2 e 3.
Porque no cenário 1, todas as atribuições serão definidas pelo supervisor do setor em função da divisão das atividades da equipe.
Os cenários 2 e 3 impõe mais desafios.
Portanto, o que você está aprendendo aqui, é ainda mais importante.
Continuando…
Conheça a empresa, circule por todos os setores da empresa, se apresentando as lideranças e disponibilizando para ajudá-los no que for preciso.
Sugiro que seja agendado um Diálogo de Segurança (DDS) onde possa se apresentar a todos (ou, em função do tamanho da empresa, faça vários DDS por setor até que todos te conheçam).
Entenda como funciona o processo da empresa, ou seja:
Afinal é importante entendermos os processos produtivos para poder identificar os possíveis riscos existentes em cada fase de produção ou atividade de trabalho.
É através do entendimento dos processos de trabalho que o profissional de segurança pode se antecipar, reconhecer e determinar quais os processos deverão ser monitorados, a fim de reduzir a probabilidade ou eliminar a causas básicas que normalmente tendem a propiciar um acidente de trabalho.
Quando falamos em conhecer o processo produtivo estamos falando em identificar:
Além disso, sugiro identificar junto com esta etapa:
Para que este levantamento seja realizado de maneira mais ampla além do entendimento dos processos da empresa, ao circular pela empresa anote e registre informações sobre:
Por fim e não menos importante você vai solicitar ao seu superior imediato alguns documentos e registros.
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